terça-feira, 23 de setembro de 2008

20 de Setembro de 2008 – Casino da Póvoa, Fernando Pessoa e o cineasta Manoel Oliveira

No sábado passado, 20 de Setembro de 2008, houve festa no Casino da Póvoa para comemorar os 40 anos da Varzim-Sol, sociedade concessionária do jogo naquele Casino. Foi uma festa leve e muito agradável em que o ponto alto foi, para mim, o Bolero de Ravel tocado ao piano com arte sentida e inspirada por três bons craques portugueses: Mário Laginha, Bernardo Sassetti e Pedro Burmester.

Como um evento nunca vem só, comemoraram-se também os 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa, efeméride que ficou assinalada com uma bonita estátua em mármore erguida no largo em frente ao Casino.

Foi pena não ter encontrado na festa a Directora de recursos humanos da Varzim Sol, Dr.ª Carla Santos Silva, que tem o privilégio de fazer anos no mesmo dia que a Varzim Sol, empresa onde trabalha, e a particularidade de fazer também 40 anos. É compreensível que tenha querido ir comemorar o seu aniversário noutras paragens.

Mas não menos importante do que aquilo que referi, foi a oportunidade que tive de estar a jantar quase ao lado do nosso grande Manoel Oliveira. E que surpresa: quando o baile começou, foi anunciado que a primeira música, a valsa do Danúbio Azul, lhe era dedicada, pois foi no Casino da Póvoa que ele conheceu a sua mulher. E feito o anúncio, logo ele se levantou e dirigiu agilmente para a área da dança, enlaçando-se graciosamente na sua companheira e movendo-se ao som melodioso da conhecida valsa. Claro que as palmas só acabaram quando a dança acabou e ele se começou a dirigir para o seu lugar à mesa onde se sentou, aliás sem precisar de qualquer apoio. Que maravilha poder chegar aos 100 anos com um aspecto tão saudável e jovem.

E agora a expressão da minha vaidade. Estando eu perto do Manoel Oliveira, não resisti dirigir-me a ele, dizer-lhe que o admiro na sua longevidade e na arte do cinema. Ele, de modo muito simpático e afável, estendeu-me a mão e disse apenas: estou muito sensibilizado!

Para terminar desejo longa vida à Varzim-Sol, à memória de Fernando Pessoa, à Dr.ª Carla Santos Silva e ao Senhor Manoel de Oliveira!

1 comentário:

Billy disse...

Que grande serão! Que sorte poder viver um espectáculo assim e poder falar com essa figura do nosso cinema. Que maravilha!!!