Em menos de uma semana, bem perto da minha casa, ocorreram dois fenómenos de multidões: a festa do 32.º título do Benfica como Campeão Nacional e a visita do Papa Bento XVI. Confesso que tenho medo de muita gente junta e procuro evitá-la. No domingo passado, senti uma tentação enorme de me pôr a caminho e ir para o Marquês e viver aquele espectáculo maravilhoso dos exuberantes Lampeões. Mas o comodismo, por um lado, e o receio natural que tenho das multidões, por outro, não me permitiram sair da posição de ocasional observador à distância com uma olhadela esporádica para o ecrã da televisão. Vendo bem nem sequer sou associado do Benfica e uma festa destas é para ser curtida pelos verdadeiros sócios. Ao grande Clube que é o Benfica endereço os meus sinceros parabéns pelo êxito desportivo deste ano, aliás mais do que merecido.
Mas hoje o comodismo não foi suficientemente forte para me amarrar e impedir de ir ver o Papa. As multidões são temíveis mas não é todos os dias que temos o Papa a passar quase à nossa porta. E de máquina fotográfica na mão lá fui eu até ao Terreiro do Paço furando até onde me foi permitido.
O Altar com o Papa a celebrar a missa
No momento do cumprimento da paz várias pessoas se dirigiram a mim com um sorriso rasgado e me apertaram a mão com calor. Mãos que se encontraram com a minha ali, naquele momento breve e único. Jamais se repetirá em toda a eternidade.
Queria ver o Papa de perto e posicionei-me na rectaguarda, em local onde ele passaria obrigatoriamente no fim da celebração. Aí vi uma procissão de padres seguir pela Rua da Prata acima e distribuir a comunhão pelas pessoas que se encontravam nos passeios.
A Comunhão em frente ao Café Martinho
O Papa bem perto de mim
O estúdio improvisado da RTP
2 comentários:
Ontem não consegui ver a missa na televisão e fiquei com pena, mas o teu relato já me reconfortou muito!!!!
Hoje à noite vou tentar apanhar excertos da missa no you tube. Beijinhos
Gostei de ler o relato. Deve ter sido bonito!
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