sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Panamá 2011 - Todas as nações têm um D. Afonso Henriques

Todas as nações têm um D. Afonso Henriques. No Panamá esse herói mítico nacional chama-se Balboa. É o nome da principal avenida da cidade, é também adoptado por marcas e para nome de restaurantes, lojas e clubes. Por exemplo, uma das cervejas mais vendidas é a Balboa. E é também o nome da moeda de troco do País, embora usem as notas do dólar americano.

Avenida Balboa

Na Avenida Balboa, junto à Cinta Costanera, ou seja, o paredão,  está uma bonita estátua deste herói que foi oferecida ao País pelo Rei Alfonso XIII de Espanha, em 1924.

Estátua de Vasco Nuñez de Balboa oferecida pelo Rei Alfonso XIII de Espanha

Balboa faz parte da história do Canal do Panamá por ter sido o primeiro europeu a viajar da costa atlântica à pacífica. Por isso, o Rei de Espanha de então o nomeou Adelantado del Mar del Sur.

A história da travessia de Balboa é soberba pelas adversidades que encontrou e pela coragem com que as venceu.

Se D. Afonso Henriques teve a visão das Chagas de Cristo, também Balboa passou por algo semelhante que é assim descrito no guia Panamá Explorer da Freedom Publications Inc (pág. 48):

Ao avistar o mar, Balboa pediu a todos para pararem. Então, perante o espanto dos seus homens, afastou-se um pouco até uma pequena elevação no terreno. E de repente, viram-no estender o seu olhar sobre o vasto espaço em frente. Tirou o seu chapéu de penas e ajoelhou-se numa contemplação espiritual. Então veio de longe uma brisa inesperada e uma luz forte iluminou os seus cabelos loiros e se reflectiu repetidamente na sua armadura provocando reflexos dourados. Todos os que ali se encontravam o viram envolto em glória celestial num  momento de sublime exaltação. Fez, em certo momento, sinal aos seus homens para se aproximarem e ele, mostrando-lhes o vasto horizonte, deixou-os convencidos de que ele tinha criado aquele grande Oceano.

Num outro aspecto, a sua vida foi semelhante à do nosso Rei Fundador. As suas relações com o sogro não foram nada boas. Mas enquanto o nosso Rei deu a volta ao sogro, no caso de Balboa foi o sogro que lhe deu a volta a ele. Aparentemente por inveja em relação aos seus feitos, mandou-lhe uma mensagem truculenta pedindo para se ir encontrar com ele urgentemente.  Balboa foi na boa fé, não suspeitando minimamente da sorte que lhe estava reservada. O sogro condenou-o por traição e executou-o em público no ano de 1517.

Vasco Nuñez de Balboa havia nascido em Espanha, em Jerez de los Cabaleros,  em 1475.

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