O cartaz de apresentação de Ai Weibei
Na parte mais baixa do Museu está em exposição uma espécie de tapete, com a área equivalente a cerca de um quarto de campo de futebol.
Vista geral do tapete
Tem a espessura de mais ou menos seis centímetros e é composto por cerca de cem milhões de pequenas partículas, imitando sementes de girassol, feitas a partir de bocadinhos de porcelana.
A espessura do tapete
O artista, mencionado acima, tem aquilo a que podemos chamar verdadeira paciência de chinês, pois só assim poderia ter passado tanto tempo a recortar cacos para lhes dar a forma de sementes de girassol.
E o feito é que conseguiu levá-los para o Museu da Arte Moderna de Londres, o Britain Tate, que é, de certo modo, o equivalente ao nosso Museu Gulbenkian.
Inicialmente as pessoas podiam passear pelo tapete. Desconfio que terá havido umas tantas que não resistiram a apanhar algumas sementinhas para recordação.
O aviso para não retirarem sementes
E veio a solução de fechar o espaço ao passeio dos curiosos, alegadamente porque o movimento dos pés sobre as sementes fazia libertar um pó tóxico muito prejudicial para a saúde.
As sementes imitadoras de Ai Weibei
Mesmo não podendo pisar as sementinhas, fiquei com a sensação de se tratar de um grande feito. Só não consigo avaliar o seu valor artístico. Se pudesse apanhar umas tantas sementinhas para as comparar com as verdadeiras sementes de girassol, então poderia verificar se a imitação é perfeita ou não.
As verdadeiras sementes de girassol (1)
Assim, detenho-me a observar o conjunto dos cem milhões de caquinhos de porcelana, menos uns tantos que curiosos terão levado.
As verdadeiras sementes de girassol (2)
O Sr. Ai Weibei é, de facto, um cromo e um daqueles maduros que de vez em quando se evidenciam com bizarrias surpreendentes.