sábado, 20 de fevereiro de 2010

O ESTRANHO CASO DA INSTALAÇÃO DO MEO - EPISÓDIO N.º 5 - DÁ GOSTO VER JOVENS EMPENHADOS

No episódio anterior, fiquei com a informação de que a PT me iria contactar dentro de 48 horas para dar seguimento ao acidentado processo de recuperação do número de telefone que tinha na minha residência antes da malfadada instalação do MEO.
Porém, a meio da tarde, ligou-me novamente o técnico que fez a falhada tentativa na parte da manhã.
Perguntava se tinha alguém em casa, pois agora já estava em condições de efectuar a reposição do número de telefone a que tinha direito.
Disse-lhe que não sabia se poderia ter alguém disponível e que eu estava longe. E mesmo que eu quisesse lá estar demoraria cerca de 45 minutos a chegar. Ele, contudo, retorquiu que já estava à porta da minha casa e que esperaria o tempo necessário até que chegasse alguém. Evidenciou um tal interesse em resolver o assunto que me deixou impressionado. Por isso pus-me a caminho.
Mal me viu aparecer evidenciou uma tal satisfação misturada com agitação e com um sorriso rasgado que, só por si, justificaram o esforço que fiz para poder estar de volta para lhe abrir a porta.
Precipitado, com o mini notebook debaixo do braço, projectou-se a ligar o aparelho ao router para fazer a configuração. A certa altura fez uma chamada do seu telemóvel e exclamou exuberante:
- Agora já está. Quer ver?
O telefone fixo tocou e ele apanhou-o rapidamente. Carregou numa tecla e ia entregar-mo. Contudo, entre mim e ele ficou a sua mão suspensa, quase colada aos seus olhos incrédulos fixados no motrador do telefone já sem luz que se apagara subitamente. Ligou-o insistentemente. Cada vez que o ligava aparecia a mensagem “Impossível” e desligava-se imediatamente.
- Não, não pode ser. Este telefone está avariado. Exclamou.
Dito isto, precipitou-se para a porta de saída dizendo que ia buscar outro telefone.
Em poucos minutos estava de volta com um novo aparelho que ligou ao router. Digitou o número a partir do seu telemóvel e o telefone tocou. A seguir liguei eu do meu telemóvel e o telefone tocou novamente. A seguir fiz a primeira chamada para fora e já falei normalmente. O anterior número de telefone, 213961471, estava, finalmente de volta.
Quanto ao aparelho do telefone antigo, parece ter sido misteriosamente adormecido, pois aparece, por instantes, a mensagem “Impossível” e desliga-se.
É claro que uma coisa destas só pode ter sido obra das tais misteriosas bruxas.
De tudo isto, sobrou a satisfação que senti ao ver um jovem empenhado e ansioso por resolver um problema.
E agora...
Uma hora depois de ele ter saído, ligou, já para o novo aparelho de telefone, uma assistente da PT que com uma voz simpática se identificou pelo nome e me questionou sobre o meu e disse a seguir que a razão do seu telefonema era apenas para saber por que é que eu tinha pedido o cancelamento do contrato relativo ao telefone n.º 213961471. Reagindo, exclamei umas tantas vezes “não, não não ...” o que a deixou por alguns instantes silenciada.
Acrescentou a seguir que tinha a indicação de que eu tinha ido a uma loja de PT pedir o cancelamento deste contrato e que era política da Companhia saber as razões que levam os clientes a estas atitudes de ruptura.
Disse-lhe que não tinha ido a loja nenhuma nem pedido o cancelamento e acrescentei que um seu colega tinha acabado de concluir o processo de recuperação deste número. De modo algum, pretenderia agora cancelá-lo.
E assim podemos concluir que a PT não parece ser presentemente uma Empresa mas um amontoado de pessoas de boa vontade a laborar atabalhoadamente e sem qualquer coordenação.

2 comentários:

Bau disse...

Ufa! Mas ficou finalmente resolvido, não? Realmente fica a sensação que as coisas avançam à força da vontade e do brio de uns poucos, mesmo uma das maiores empresas nacionais. 1 mês e 20 dias para resolver a situação é obra!!!

Billy disse...

A sério? Funciona? Mas funciona mesmo? Estou que não posso!