terça-feira, 16 de outubro de 2007

12 de Outubro de 2007... O Incrível no 2.º Congresso dos Economistas Portugueses

No passado dia 12 de Outubro, 6.ª feira, aconteceu algo que me pareceu incrível.

Participava eu no 2.º Congresso Nacional dos Economistas Portugueses no Centro de Congressos de Lisboa, antiga FIL.

Já no fim do Congresso, falou o Nobel da economia de 2004, Prof. Edward Prescott. Depois de esta estrela concluir a sua apresentação, era suposto chegar a seguir o Primeiro Ministro para encerrar o Congresso. Mas, afinal, Sócrates avisou na hora que não podia ir. Iria substituí-lo o Ministro da Economia. O coordenador dos trabalhos deu a informação e pediu aos presentes, sala cheia com mais de 1000 profissionais da economia, para aproveitarem a oportunidade e fazerem perguntas ao Prof Prescott ou até para dialogarem com ele... para preencherem o tempo. Afinal, ter um laureado Nobel para dialogar é uma coisa que acontece raramente.

E sabem o que aconteceu? A sala ficou muda. O Nobel ficou parvo a olhar para todo o lado a ver se lá vinha uma perguntita. Vi Dr. João Salgueiro, Presidente da Associação de Bancos, que estava sentado perto de mim, sair entretanto, parecendo-me que estava incomodado com a situação.

Sempre chegou uma perguntita, quase sem sentido, mas só após insistentes pedidos do moderador: "É preciso preencher o tempo. Ninguém quer aproveitar?" E o tempo passou quase todo com uma enorme sala cheia e silenciosa.

E após grande reboliço de gente a entrar e a sair, lá chegou o ministro Manuel Pinho que aproveitou, mais uma vez, para dizer que, afinal, as coisas não vão assim tão mal.

E os ecomistas portugueses perderam a excelente oportunidade de fazerem uma dúzia de perguntas sensatas ao Prof Eward Prescott.

É incrível, não acham?

2 comentários:

Billy disse...

Ainda noutro dia comentava isso mesmo com um rapaz americano que vive cá em Buenos Aires. Deve ser algo cultural, porque na conferência a que eu fui cá sucedeu exactamente o mesmo. Por que será?

Ana disse...

Bom, se é cultural, é extensivo a vastas culturas porque, convenhamos, o público português e o argentino não hão-de ser iguais!!!