domingo, 7 de fevereiro de 2010

A LOJA DAS CORES

A loja das cores é uma das brincadeiras preferidas da minha Neta.

Reparou ela que os pacotes de leite com chocolate que costuma beber e de que gosta muito têm, na base, quadradinhos com cores diversas.

(O pacote com a loja das cores)

Começou ela por me perguntar qual é a minha cor preferida.

- O encarnado, disse eu.

- Então eu vou-te vender a tua cor preferida.

E como que arrancando o quadradinho encarnado com a palhinha com que bebeu o leite disse:

- Toma Avô a tua cor preferida. São três euros.

Depois olhou para a fruteira e disse que a banana também queria comprar as cores dela. E pediu para eu a ajudar a vir à loja das cores.

(A loja das cores)

O meu papel de avô entrou em acção dando animação e voz à banana. E a banana saiu da fruteira aos saltinhos, não directamente para a loja, mas fazendo um pequeno desvio pois era a primeira vez que saía à rua.

Já na loja das cores disse:

- Senhora lojista, eu quero comprar as minhas cores.

E a senhora lojista disse:

- Sim menina banana. Aqui está o amarelo, também tem aqui um pouco de verde e vejo que, no seu olhinho e no seu pé, tem castanho. Vou-lhe vender e aplicar as suas cores.

Depois de a banana estar pintada, a fingir, perguntou à senhora lojista:

- Quanto devo.

- Treze euros!

- Tanto dinheiro! Foram só três cores, senhora lojista.

- Sim, mas foi preciso muito amarelo.

E a banana lá se conformou, pagou e voltou aos pulinhos para o seu lugar na fruteira.

Vieram a seguir a laranja, a maçã e o kivi.

O procedimento foi idêntico, mas as contas foram muito diversas. A laranja pagou um euro. O kivi pagou seis euros. A maçã, por ter mais cores, teve uma conta muito elevada: cem euros. Contudo, depois de regatear muito, lá pagou apenas treze euros, tanto como a sua amiga banana.

Houve cores que o Avô não distinguia bem por ser um pouco daltónico. E então a menina da loja das cores quis saber e compreender o que é ser daltónico.

E assim este jogo divertido permitiu à menina da loja das cores aprender uma palavra nova e aprofundar o seu conhecimento do valor relativo das coisas.

1 comentário:

Billy disse...

Adorei o teu relato, acho que qualquer dia tens de escrever uns continhos infantis para uma menina ilustrar.