7.2. Monte Tabor
Do Local do Batismo ao Monte Tabor são cerca de trinta quilómetros o que, em
tempo de viagem de autocarro, foram mais ou menos cinquenta minutos.
O percurso é
muito interessante pois envolve a subida de encostas com a estrada a
fazer curvas e contra-curvas. Foi uma oportunidade excelente para apreciar as
variações da
paisagem. E, a certa altura, surgiu o momento apropriado para fazer um último adeus ao Mar
da Galileia.
Quando, na véspera,
íamos para
Nazaré, já tínhamos visto o
Monte Tabor de longe. Agora era para lá
que nos dirigíamos.
Distingue-se perfeitamente no meio da paisagem por ser o monte
mais alto. Mas, contrariamente a muitos outros, está coberto por uma cor mais escura, o
que significa que tem muito arvoredo e arbustos.
À medida
que nos íamos
aproximando, o Monte aumentava de dimensão
e o arvoredo e as casas iam ficando mais visíveis.
Até que
o autocarro começou
a sua subida, talvez até
ao meio da encosta, chegando a um espaço
amplo reservado a parqueamento.
O guia explicou-nos que, a partir dali, teríamos de ir
nuns mini-autocarros ou a pé. Excluiu logo esta
última hipótese, e saímos para um espaço com uma loja e
esplanada onde já havia
muita gente, que, pelo aspecto, me pareceu serem os peregrinos etíopes que estiveram
connosco no mesmo hotel em Tiberias.
A fila estava assim muita grossa e longa e
logo suspeitei que seria coisa para demorar. Surpreendentemente o meu iPhone
detectou uma rede de internet livre e aproveitei parte do tempo para pôr os emails em dia,
assim como para ver as notícias
da nossa terra distante. Pensei que o ponto de internet livre fosse facultado
no local aos visitantes. Mas podia não
ser assim. Verifiquei mais tarde que isso acontecia sempre que estávamos num
parqueamento de autocarros, pois uma boa parte dos autocarros são modernos ao ponto
de terem rede wi-fi livre para os passageiros, acessível aos vizinhos, quando estão nos parques.
A espera já
ia longa e a fila pouco avançava. Ia aproveitando para ver as vistas à nossa volta.
Havia mesmo muita gente à
nossa frente. Vi o guia Sebastião
ficar muito nervoso. A certa altura, entrou em negociações com outros guias para ver se
arranjava maneira de nos colar a um grupo mais adiantado. Isso não foi possível e resultou numa
grande discussão,
com os tons de voz a aumentarem à
medida que se iam juntando outros guias. A certa altura veio uma mocinha
da casa dos trinta, de altura média,
que desencadeou uma gritaria infernal agarrada a um dos cotovelos do Sebastião. Como falavam
hebraico não
deu para perceber o que ela gritava, mas não
devia ser coisa boa. O guia Sebastião
libertou-se dela e dirigiu-se logo para o P. Artur pegando-lhe no braço e conduzindo-o
para um local mais afastado para uma conversa tipo pé de orelha mas que pude ouvir
perfeitamente porque os segui. Ele colocou a opção:
ou ficávamos
ali para ir lá acima
e todo o restante programa do dia ficaria prejudicado, ou sairíamos para o
continuar. O tempo de espera para irmos ao cimo do Monte Tabor seria muito
longo, podendo demorar horas e, ali, já
nós estávamos há mais de uma.
O P. Artur compreendeu a mensagem e logo começou a motivar o
grupo para a opção
de regresso ao autocarro.
E adeus Monte Tabor até uma próxima oportunidade.
A partir de pesquisas na net pude ver como é a topografia do
cimo do Monte e o que lá
existe. Impressionou-me o mapa de acesso com muitas curvas muito
apertadas e as fotografias das duas igrejas que lá
existem. Para uma delas, creio que a mais importante, segue-se por uma
espécie de
ponte em pedra com flores e árvores
de ambos os lados. Foi uma das torres desta igreja que ainda pude fotografar de
lá debaixo, do
parque de estacionamento.
Foi pena termos falhado neste objectivo. Se no dia anterior, quando fomos almoçar no Local do Batismo, tivéssemos aproveitado melhor o tempo para revivermos os momentos do batismo talvez tivéssemos chegado mais cedo ao Monte Tabor e não teríamos sofrido a decepção de ter passado ao lado.
Foi pena termos falhado neste objectivo. Se no dia anterior, quando fomos almoçar no Local do Batismo, tivéssemos aproveitado melhor o tempo para revivermos os momentos do batismo talvez tivéssemos chegado mais cedo ao Monte Tabor e não teríamos sofrido a decepção de ter passado ao lado.
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