terça-feira, 15 de julho de 2014

Viagem à Terra Santa em 2014 - 6. 25 de Abril. Em Tiberias. 6.12.

6.12. Tiberias à noite
 A cidade de Tiberias foi, para a nossa peregrinação, apenas um local de passagem e de pernoita. Praticamente apenas vimos a cidade da janela do autocarro quando íamos e vínhamos do Hotel Leonardo Club. Mas deu para ver que é uma cidade importante, talvez a maior da Galileia, com cerca de cinquenta mil habitantes residentes habituais e muitos outros temporários espalhados pelos mais de cinquenta hotéis, alguns bem grandes, como acontece com aquele em que nós estivemos alojados. Aliás este hotel assim como mais dois que estão perto dele são visíveis de longe, distinguindo-se em todas as fotografias da cidade que já vi publicadas. A cidade estende-se pela encosta da colina que desce para a margem oeste do Mar da Galileia e proporciona um excelente quadro visual com muitas cores, em que, de dia, predominam as manchinhas brancas dos prédios com alguns traços de verde à mistura e, à noite, se apresenta como um imenso presépio com miríades de luzinhas.

Dizem os livros que a cidade foi construída pelos anos vinte da era cristã por Herodes Antipas, aquele que apostou numa relação amigável com os romanos, gozando, em contrapartida, da sua proteção, organização e desenvolvimento. Batizou a cidade com o nome que ainda hoje tem em homenagem ao imperador romano Tibério. Creio que este local não foi escolhido ao acaso. Desde tempos imemoriáveis que eram usadas as várias fontes termais, li algures que cerca de vinte, que se tornaram famosas pelas suas comprovadas propriedades curativas. E é conhecido o interesse dos romanos pelas fontes termais em todo o mundo. Por outro lado, era por ali que passava o importante caminho comercial da antiguidade, a via maris dos romanos, que ligava o Líbano e a Síria ao Egito e ao norte de África.
Desde a sua fundação a cidade sofreu muitas mudanças ao sabor das ondas das rebeliões, conquistas se reconquistas que afetaram toda a Terra Santa.

Apesar de Tiberias ser apenas o nosso ponto para pernoitar, não deixámos de sair um pouco a seguir ao jantar para uma caminhada no passeio marítimo e para vermos o ambiente da noite.


 
 
 
 
Logo à saída do hotel, há um jardim com restos de uma igreja bizantina, onde, na primeira noite, estava um animado grupo de turistas a conviver à volta de um bem cheiroso barbecue. Depois virámos para o lado do mar por uma rua cheia de lojas e tendinhas que vendiam desde sumos, gelados e sandes, a roupas, calçado e bugigangas diversas.

 
Depois tínhamos a brisa suave do mar com alguns barcos a carregarem e a descarregarem passageiros que iam passear para verem o lindo panorama noturno da cidade de um pouco mais longe.


Há muitas esplanadas, sendo possível encontrar um bom café expresso, uma boa pisa e cerveja, ou outro tipo de comida de cultura europeia, judaica ou da árabe.
Há vários night clubs, dois dos quais nos pareceram relativamente grandes e muito animados.

Há por ali muita gente, em grupos maiores ou menores, vestidos segundo as suas culturas, o que dá uma colorida diversidade típica ao passeio marítimo, o calçadão da cidade.

Não pode passar despercebido o museu ao ar livre, ou seja, um conjunto de obras de autores conhecidos em Israel, algumas das quais alusivas ao facto de um local estar a mais de duzentos metros abaixo do nível do mar.
 
 
 

Embora o Dicforte não goste de carregar vídeos, não resiste a deixar aqui um pequeno registo do ambiente da noite no passeio marítimo de Tiberias.

Como se pode ver estas imagens foram captadas de  muito longe e só foram possíveis graças ao potente zoom da minha máquina de filmar.

 
 
 

 

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