sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Viagem à Terra Santa em 2014. - 9. Em 28 de Abril. Em Jerusalém. 9.8.

9.8. De regresso ao Hotel Olive Tree

Saímos de Betânia ao meio da tarde para regressarmos ao Hotel Olive Tree.
 
Logo à saída vimos um imponente edifício de uma mesquita em pedra branca, que, pelo seu aspeto de nova, foi seguramente construída ainda há poucos anos. Recortada no céu azul, impressionou-me pela sua monumentalidade. Os altos minaretes com uma cúpula maior entre eles. As duas cúpulas laterais, mais pequenas. E, num plano mais baixo, ainda entre os minaretes, três cúpulas mais pequenas. E em cimo de todos estes pontos de referência, o florão com o crescente, redimensionado à escala. 
O autocarro não chegou a parar, nem sequer abrandou a marcha. Mas os breves instantes da vista foram suficientes para que aquele monumento ficasse no nosso cérebro como ficam as luzes que vemos quando a seguir fechamos os olhos. Pude continuar a vê-lo por mais uns minutos, mesmo com as pálpebras cerradas.

Passado pouco tempo, os nossos guias anunciaram que iríamos fazer pequeno desvio para visitarmos um colonato.
 
A ideia que tinha dos colonatos era de um acampamento com casas temporárias e instalações provisórias. Contudo, aquele que fomos ver era uma cidade moderna, com estradas largas acompanhadas de faixas ajardinadas em toda a extensão, com muitas palmeiras de um lado e do outro. Tirando a barreira de controlo à entrada, onde o autocarro apenas abrandou a marcha, não vimos nada que nos pudesse fazer sentir que estávamos num colonato.

 
 
Passámos por uma grande rotunda ajardinada. Vimos paragens para os transportes urbanos. Os edifícios são em alvenaria,e não muito altos nem muito próximos uns dos outros. Há uma estação de serviço, pelo menos, para abastecimento de combustíveis. Não havia muita gente na rua, mas as pessoas que vimos tinham o aspeto de habitantes de uma qualquer moderna cidade europeia. As mulheres não usavam véu. Enfim, depois da visita, pude concluir que, afinal, este colonato (Maale Adummim), até pelo seu excelente parque automóvel, pode ser comparável a uma qualquer cidade suburbana portuguesa, com predominância de classe média e alta. Terá umas dezenas de milhares de habitantes.
Retomamos o nosso caminho e não demorou muito a chegarmos ao hotel.

Com ainda havia sol, pude tirar algumas fotografias ao edifício.

 
 
Foi construído em 1999, num local histórico. Ali haveria muitas oliveiras à sombra das quais os peregrinos descansavam. Junto à entrada, ficou preservada uma delas, seguramente já com algumas centenas de anos. Na placa informativa, podemos ler que, segundo a tradição, o próprio Rei David ali terá estado e tocado a sua harpa. Nota romântica sem dúvida.

O hotel é excelente, com muito boas instalações e com internet livre no hall de entrada e zonas adjacentes decoradas com obras de arte. Há lojas com oferta de recordações e produtos de conveniência. Aproveitámos para comprar um protetor solar, produto indispensável numa viagem à Terra Santa. As refeições foram sempre em bufet, com os alimentos muito bem apresentados e variados. Tem uma carta de vinhos  israelitas não muito variada, mas com preços acessíveis.
Gostei de estar no Hotel Olive Tree.

Para a noite tínhamos agendado o jantar com uns amigos israelitas. Ele é uma figura pública no país, pois é o selecionador e treinador da equipa nacional de hóquei em patins. Chegou à nossa amizade através de uma das nossas filhas que integrou a equipa de hóquei em patins de Macau, participando em diversos campeonatos asiáticos e, inclusivamente, num dos campeonatos do mundo que decorreu em Buenos Aires, Argentina.
Enquanto aguardávamos no hall pela sua chegada, fomos abordados por um casal, que se identificou como sendo jornalistas e repórteres, que nos quiseram entrevistar para a rádio pública do seu país, a Etiópia. Falavam muito bem inglês o que facilitou a entrevista. Perguntaram de onde éramos e porque é que estávamos ali. Se estávamos a gostar da viagem…

O jantar com os nossos amigos decorreu num elegante restaurante da parte nova de Jerusalém.

 
 
Foi uma excelente oportunidade para vermos esta zona da cidade à noite. Recordo em particular um extenso e largo corredor de um centro comercial, com obras de arte dispostas aqui e ali e com coloridas lojas dos mais diversos artigos, incluindo de conhecidas marcas ocidentais.
 
 

Regressados ao hotel, sentíamos cansaço. Era preciso descansar pois o programa do dia seguinte afigurava-se cansativo. Além do mias representava o ponto mais alto da minha peregrinação à Terra Santa. 

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