Depois, já dentro do
autocarro, a contagem e a recontagem para ninguém
ficar para trás.
E, a seguir, alguns minutos de estrada, em silêncio,
a olhar para aquela paisagem seca, árida,
cheia de mistérios.
Veio o bom dia dos guias seguido de um breve pensamento de reflexão e oração orientado pelo P. Artur. E, por fim, a informação do guia Sebastião sobre o programa do dia.
O nosso primeiro ponto de paragem seria Qumran.
Até lá seriam talvez uns
50 quilómetros,
pois este local histórico fica quase junto ao vértice
norte do Mar Morto, portanto já
muito perto de Jericó.
Seguiríamos
assim pela estrada 90, fazendo o mesmo percurso do dia anterior, mas em sentido
contrário.
Depois seguiríamos
para Tel Aviv e Jafa, passando perto de Jerusalém.
Em Jafa, visitaríamos
a cidade histórica
e a praia e jantaríamos.
Após o que
seguiríamos
para o aeroporto para as formalidades do regresso a Portugal.
Mas ainda é cedo para falarmos no regresso, pois há ainda histórias para contar.
Mas ainda é cedo para falarmos no regresso, pois há ainda histórias para contar.
Por exemplo, o percurso de Ein Botek até
Qumran tem pormenores interessantes que se destacam no meio da cor
predominante, o ocre claro, que, pela sua quase contínua aridez, nos faz secar a garganta e
nos provoca sede só de o vermos.
A estrada 90 ora se afasta do Mar e sobe até meio da encosta, ora se aproxima dele, mesmo quase até ao pé da água.
Andar pelas margens do Mar Morto requer cuidados especiais, pois a secagem da água, devido ao excesso de sal, cria grandes poços vazios, autênticas armadilhas, onde as pessoas podem cair. Há avisos nos locais de mais risco, mas, mesmo assim, todo o cuidado é pouco.
E, por vezes, encontramos monumentos espontâneos.
Quais as memórias que estarão por detrás deles? Seria interessante podermos saber.
Utilizando a linguagem da nossa organização administrativa, diríamos que é uma câmara municipal com seis freguesias e apenas mil cidadãos. É a câmara mais pequena de Israel. Na linguagem local são seis contestados colonatos na margem ocidental, em terras sobre o controlo da Autoridade palestiniana, coordenadas por um conselho regional, que tem a sede em Vered Yeriho.
Apesar de estarmos num deserto árido e inóspito, é grande o esforço humano para criar oásis. As manchas de palmares são os resultados de sucesso mais visíveis.
Já falei num apontamento anterior de umas marcas feitas no começo do século passado numas rochas junto à estrada para monitorizar o nível das águas do Mar. Deu-se o caso de lá termos parado no regresso e podermos ver melhor essas marcas e a informação aí disponibilizada sobre as mesmas.
P.E.F ROCK (A rocha da observação)
Entre os anos 1900-1913, e, de novo, em 1917, o Fundo de Exploração da Palestina mediu o nível das águas do Mar Morto usando esta rocha. A marca vermelha que indicou o nível das águas há mais de um século ainda pode ser vista hoje.
Hoje o Mar é observado com regularidade e com meios modernos.
Muito perto do local está este moderno observatório meteorológico.
Os sinais da estrada dizem-nos que estamos a chegar a Qumran que será o tema do nosso próximo apontamento.
Sem comentários:
Enviar um comentário